MUSEUS DO VATICANO
Os museus do Vaticano abrigam uma das maiores coleções de arte clássica e renascentista do mundo, colecionadas ao longo dos séculos pelos diversos papas romanos. Este conjunto de museus abrigam também a Capela Sistina e as salas de Rafael.
O Vaticano abriga achados arqueológicos importantes da Itália Central, incluindo o Laocoonte, descoberto no Esquilino em 1506, o Apolo de Belvedere e o bronze etrusco conhecido como Marte de Todi.
Lá encontra-se a última pintura de Rafael, a Transfiguração. Foi encontrada em seu estúdio em 1520, quando morreu. Retrata o episódio do Evangelho no qual Cristo levou três apóstolos ao topo de uma montanha, manifestando-se em glória divina.
SALAS DE RAFAEL
São um grupo de quatro aposentos decorados pelo grande pintor renascentista a pedido do papa Júlio II. O trabalho levou mais de 16 anos e Rafael morreu antes de sua conclusão. Os afrescos expressam os ideais religiosos e filosóficos do Renascimento e firmaram a reputação de Rafael em Roma, igualando-o a Michelângelo, na época trabalhando no teto da capela Sistina.
Sala de Constantino
O tema da decoração é o triunfo do cristianismo sobre o paganismo. Homenageia Constantino I, o imperador romano que se converteu ao Cristianismo. Os afrescos mostram cenas da vida de Constantino e incluem a Visão da Cruz e a vitória sobre seu rival Maxêncio.
Sala de Heliodoro
Os afrescos representam a proteção garantida a todos os ministros e doutrinas da igreja.
O afresco que dá nome à sala Expulsão de Heliodoro do Templo, é uma alusão clara à vitória do Papa sobre os invasores estrangeiros, que ameaçavam o poder da Igreja na época de Julio II.
Eis uma breve descrição das cenas retratadas:
Missa em Bolsena
Retrata um milagre que teria ocorrido em 1263, em que um padre que duvidava serem o pão e o vinho realmente o corpo e o sangue de Cristo viu a hóstia sangrar enquanto celebrava a missa. Baseado neste ocorrido, o Papa Urbano IV criou o Corpus Christi, que se comemora até hoje.
Libertação de São Pedro
É uma composição em três partes: mostra o santo dormindo na cela (centro); libertado da prisão por um anjo (direita); e os guardas da prisão aterrorizados (esquerda). Apesar da sua forma estranha e de sua posição, este afresco é notável pelos extraordinários efeitos de luz conseguidos.
Encontro de Leão Magno com Atila
Homenageia a habilidade política do papa.
Expulsão de Heliodoro do Templo
Baseado numa história judaica, retrata Heliodoro, que tentava roubar o tesouro de um templo de Jerusalém a mando do rei sírio, sendo derrubado e banido por um cavaleiro. A cena é testemunhada pelo papa, carregado em uma liteira por cortesãos.
Sala da Segnatura
O nome originou-se de um concílio especial reunido nesta sala para assinar documentos oficiais.
Os afrescos refletem a crença de que poderia ter perfeita harmonia entre cultura clássica e cristianismo na busca da verdade.
Os afrescos
A Discussão sobre o Santíssimo Sacramento
Representa o triunfo da religião e da verdade espiritual. A hóstia sagrada aparece no centro e liga o grupo de eruditos, que discutem seu significado, à Santíssima Trindade e aos santos que flutuam sobre as nuvens.
A Escola de Atenas
Representa a discussão pela busca da verdade entre os filósofos gregos Platão e Aristóteles. Há também retratos de muitos contemporâneos de Rafael como: Leonardo da Vinci, Bramante e Michelângelo.
Sala do Incêndio no Borgo
Era a sala de jantar, que mais tarde tornou-se a sala de música.
Todos os afrescos exaltam a figura do papa Leão X. O afresco mais famoso celebra o milagre ocorrido em 847, quando o papa Leão IV apagou um incêndio no Borgo apenas fazendo o sinal da cruz.