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INTRODUÇÃO

A cidade de Veneza fica no extremo nordeste da Itália. Foi construída sobre 118 pequenas ilhas separadas por canais em uma laguna do mar Adriático. A laguna, também chamada Lagoa de Veneza, está localizada entre a foz do rio Ádige (ao sul) e do rio Piave (ao norte).

Sua população é de 263.352 habitantes (estimativa de 2016).

É famosa por seus belos canais, palácios e monumentos, sendo por isso um dos grandes centros de cultura e turismo na Itália.

Canais e cerca de quatrocentas pontes ligam as ilhas de Veneza. As pessoas percorrem a cidade em barcos ou a pé. O barco chamado gôndola é o símbolo de Veneza.

Veneza se divide em seis antigos distritos administrativos (sestieri): Cannaregio, Castello, San Marco, Dorsoduro, San Polo e Santa Croce.

A poluição atmosférica e inundações frequentes vêm danificando importantes edifícios de Veneza. As ilhas também estão afundando na laguna a uma proporção alarmante. Só no século XX a cidade começou a investir em projetos para tentar controlar esses problemas.

AS GÔNDOLAS DE VENEZA

A gôndola faz parte da vida veneziana desde o século XII. Com casco delgado e parte inferior achatada, é perfeitamente adaptada aos canais estreitos e rasos da cidade. Na proa, a ligeira curva para a esquerda serve para contrabalançar a força do remo, evitando que a gôndola navegue em círculos.

Em 1562 foi decretado que todas as gôndolas deveriam ser pretas para que ninguém ostentasse riqueza com elas. Em ocasiões especiais são decoradas com flores.

Hoje os passeios de gôndola são caros, em geral feitos só por turistas. Há também os chamados traghetti, que são uma forma mais barata de cruzar O Grande Canal .

ECONOMIA

A economia de Veneza baseia-se principalmente no turismo. Além disso, artesãos da cidade vendem seus famosos vidros e rendas aos turistas.  A produção de cristal murano em Murano e a produção rendas em Burano são importantes para a economia local.

Comércio, construção de barcos, pesca e manufaturas também contribuem para a economia de Veneza.

HISTÓRIA

As ilhas de Veneza foram povoadas no século VI. Pessoas do continente se mudaram para lá a fim de escapar de invasores.

Diversos duques, denominados doges, governaram Veneza desde 700 até 1797. A cidade ganhou poder independente, tornando-se uma cidade-estado. Veneza controlava rotas comerciais importantes e enriqueceu com o comércio marítimo. No século XIII começaram a dominar outros territórios na região. Veneza alcançou seu poder e riqueza máximos no século XV.

Seu declínio teve início no século XVI. Gradualmente, ela perdeu terras de seu império em guerras contra outras potências.  A Áustria assumiu o controle de Veneza em 1797 e em 1866 a cidade passou a fazer parte da Itália, trazendo unidade ao país pela primeira vez em sua história.

ACQUA ALTA

O Acqua Alta é um fenômeno que ocorre periodicamente em Veneza quando o Mar Adriático sobe de nível e Veneza fica inundada. Entende-se que Acqua Alta é quando a maré é superior a 90 centímetros do seu nível normal.

O fenômeno do Acqua Alta existe desde tempos imemoráveis. Os primeiros documentos que mencionam esse fenômeno datam do século VI. A partir do final do século XIX, os dados começaram a ser coletados oficialmente para serem estudados.

Analisando dados de anos anteriores, podemos ver que a maré sobe quase cem vezes por ano, uma cifra que vem aumentando. O fenômeno é especialmente comum no inverno e na primavera.

As maiores inundações lembradas aconteceram em 1966, quando o nível da água subiu 1,94 m. Em dezembro de 2008 a água alcançou 1,56 m.

Durante mais de 10 anos, o governo local trabalhou no projeto Moisés (Mose em italiano), que consistiu na instalação de um sistema de diques móveis para controlar o nível da água. No final de 2014 foi finalizada a construção dos diques, uma obra de engenharia faraônica marcada pelas denúncias de corrupção. Em meados de 2016 a Unesco criticou os resultados do projeto, por considerar que houve falta de coordenação entre os aspectos culturais e naturais durante a construção do sistema. O uso dos diques poderia produzir danos irreversíveis na lagoa de Veneza, devido ao aumento da poluição, uma vez que os eles impediriam o escoamento das águas poluídas.

Embora muitos visitantes se animem com a possibilidade de ver o Acqua Alta, esse é um sério problema para a cidade e seus habitantes. A Unesco advertiu dos efeitos negativos desse fenômeno no patrimônio cultural da cidade.