CANAIS DE AMSTERDÃ
A cidade de Amsterdã se desenvolveu em torno de sua rede de canais, o que lhe valeu o nome de “Veneza do Norte”.
O rápido crescimento da população estimulou a elaboração de um ambicioso plano no início do século XVII, para quadruplicar o tamanho da cidade.
Em 1614 houve a abertura de três canais residenciais no lado oeste, rodeando a cidade. Foram chamados de O Anel de Canais (Grachtengordel).
Em volta do anel, os terrenos foram ocupados pelos cidadãos mais ricos. O nome dos canais homenageava os grupos mais influentes. O principal era o Herengracht (canal do cavalheiro), uma referência aos comerciantes locais. O Keizersgracht (do imperador) reverenciava o Sacro Imperador Romano e o Prinsengracht (do príncipe) lembrava a ligação da cidade com a Casa de Orange.
Embora tenham sido projetados para o transporte de mercadorias e não de pessoas, hoje os canais desempenham um importante papel na indústria turística local, além de oferecer uma opção de transporte aos moradores da cidade.
Numa vista panorâmica aérea, o centro de Amsterdã é uma sucessão de anéis geométricos, dispostos em semicírculos concêntricos. Um aspecto quase labiríntico que dificulta a orientação na cidade.
Outras cidades holandesas e de países vizinhos também possuem um sistema de canais, mas poucos são tão perfeitos como os de Amsterdã. No total, a cidade tem 165 canais e a água representa 25% da superfície urbana, com um pouco mais de 100 Km de vias navegáveis.
O Prisengracht é o mais longo dos canais, medindo cerca de 3,2 km, e é um dos mais animados da cidade. Aqui, casas flutuantes coloridas ocupam as margens do rio e as ruas circundantes são repletas de cafés, lojas e pontos turísticos.
Foram criadas 90 ilhas quando os canais foram construídos, as quais estão todas conectadas por centenas de pontes, entre elas destaca-se a Magere Brug, uma ponte levadiça em estilo tradicional.