PALÁCIO DUCAL
O Palazzo Ducale ou Palácio dos Doges foi fundado no século IX e era a residência oficial dos governantes de Veneza.
Obs.: Doge (do latim dux, “chefe”) era a denominação dada ao governante absoluto da República de Veneza. Nos primeiros anos da república o sistema era classificado como autocrata.
A atual aparência externa do Palácio Ducal é resultado de intervenções do século XIV e início do século XV. Para criar sua obra prima gótica, os venezianos ergueram o corpo principal do palácio feito em mármore rosa de Verona sobre um arabesco de galerias e arcadas construídas com pedra branca da Ístria (Croácia).
O palácio era uma das primeiras coisas avistadas pelos que se aproximavam de navio a Veneza para atracar na praça de São Marcos.
O prédio abrigava não só os Doges e suas famílias, mas também os escritórios do governo. A Justiça também era feita no palácio, que ainda servia de abrigo para o Livro de Ouro, listando todas as famílias importantes de Veneza. Alguém cuja família não estivesse no Livro de Ouro jamais se tornaria um Doge.
Veneza era dominada por um processo político extremo em que moradores poderiam acusar uns aos outros de crimes anonimamente, colocando uma nota na Boca de Leão (Bocca di Leoni). Esta se encontra na Sala del Consiglio dei Dieci.
O interior do palácio exibe maravilhosas obras de arte (pinturas de Ticiano, Tintoretto e Veronese), majestosas escadarias, os aposentos dos Doges, a sala dello Scudo, a câmara de tortura e a Ponte dos Suspiros.
Destaques
- Sala del Maggior Consiglio: neste amplo salão reuniam-se os membros do Grande Conselho de Veneza e os grandiosos banquetes de Estado.
- O Paraiso (1590) de Tintoretto: a obra cobre a parede do fundo. Medindo 7,45m por 24,65m, é uma das maiores pinturas do mundo.
- Porta della Carta: este portão gótico do século XV já foi a principal entrada do palácio. A partir dele uma passagem abobadada conduz ao Arco Foscari e ao pátio interno.
- Escadaria dos gigantes: feita no século XV por Antonio Rizzo, a escadaria é coroada pelas estátuas de Marte e Netuno, símbolos do poder de Veneza.