CARNAVAL DE VENEZA
O Carnaval de Veneza surgiu a partir da tradição do século XVI, na qual a nobreza se disfarçava para sair e misturar-se com o povo. Desde então as máscaras são o elemento mais importante do carnaval.
A festa carnavalesca de Veneza tem duração de 10 dias, e às noites são realizados bailes em salões.
Os trajes usados são característicos do século XVIII, e são comuns as maschera nobile (máscaras nobres), caretas brancas com roupa de seda negra e chapéu de três pontas. Atualmente são usadas outras cores para os trajes, mas as máscaras ainda são brancas, prateadas e douradas.
Durante séculos o Carnaval foi a via de escape dos cidadãos para evadir do grande controle do governo veneziano. Com a ocupação de Veneza pelo exército de Napoleão, o Carnaval foi proibido por medo de que gerassem conspirações. O Carnaval foi recuperado apenas em 1979. A partir daí houve um aumento das lojas de máscaras, como as célebres La Bottega dei Mascareri e a Ca’acana.
Recentemente, as autoridades venezianas se deram conta do forte apelo turístico do carnaval da cidade e passaram a investir em sua promoção. O programa festivo inclui desfiles na Praça São Marcos, regatas de gôndolas ao longo do Grand Canal e exposições e workshops de máscaras em diversas praças. Também se comemora a Festa das Marias, que é o desfile com as doze jovens mais bonitas de Veneza, e o Vôo do Anjo, em que um acrobata mascarado desce a partir do campanário de São Marcos deslizando por um cabo de aço.
A magia do carnaval de Veneza revive a antiga tradição veneziana quase milenária de se mascarar e ser anônimo por alguns dias, mergulhando em festas que devolvem à cidade seus tempos mais áureos e coloridos.