BERLIM

MUSEU JUDAICO

O Museu Judaico (Jüdisches Museum) transmite um pouco da história trágica de milhões de judeus que pereceram no Holocausto.

O prédio do museu é uma estrutura em zigue-zague que lembra uma estrela de Davi rompida.

Além de mostrar a história e a arte judaicas, estão expostos também artefatos que faziam parte da vida cotidiana dos judeus em Berlim.

O acesso ao museu só se faz por uma passagem subterrânea, no antigo Museu de Berlim, ao lado.

A decoração interna é dominada por uma gigantesca fenda que corta uma faixa no edifício. Diversos corredores levam à torre do Holocausto, que não tem janelas.

Há cinco corredores lineares que se estendem verticalmente do subsolo até o andar mais alto. Estes corredores são chamados de  “Void”  e são espaços vazios com paredes nuas de concreto.  Os Voids devem lembrar o vazio deixado pela destruição da vida dos judeus na Europa.

Em um destes corredores  encontra-se o trabalho do artista israelense Menashe Kadishman, chamado de “Shalechet” ou  “Folhas Caídas”: o chão é coberto por 10 mil rostos feitos de ferro, todos diferentes e faz um barulho quando pisamos sobre eles.

Shalechet (Folhas Caídas) – Menashe Kadishman

Após descer a escadaria vemos três eixos que se cruzam. Estes eixos simbolizam três realidades na história dos judeus na Alemanha:

  • O Eixo do Exílio leva até a parte externa onde se encontra o “Jardim do Exílio”. O caminho que leva até lá tem paredes levemente inclinadas, o chão é irregular e se torna íngreme, assim como o caminho vai se tornando cada ver mais estreito até chegar ao jardim. O Jardim do Exílio é composto por 49 blocos de concreto, com plantas no topo, alinhados em um canteiro quadrado. Toda a  área tem uma inclinação de 12 graus para causar a sensação de instabilidade, de desorientação, simbolizando o sentimento dos judeus aos serem expulsos da Alemanha. As plantas no topo dos blocos simbolizam esperança.

    Jardim do Exílio

  • O Eixo do Holocausto é um caminho que vai se tornando cada ver mais estreito e escuro e leva até a “Torre do Holocausto”, uma sala de concreto com 20 metros de altura, fria e fechada que tem somente uma pequena abertura no teto por onde entra um único feixe de luz.
    Ao longo do percurso  há vitrines com fotos e objetos que contam histórias de pessoas que emigraram e de outras que foram mandadas para um campo de concentração.

    Torre do Holocausto

  • O Eixo da Continuidade é o mais longo e tem uma escadaria alta com vigas de concreto se cruzando e que leva à exposição nos andares superiores. Este eixo simboliza a continuação da história, o caminho da conexão que superou os outros eixos.

    Eixo da continuidade

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